Várias centenas de pessoas protestaram neste sábado, 7, na capital do Chade, contra a Junta Militar que governa o país desde a morte do Presidente Idriss Deby Itno, apesar da forte presença policial.
Organizações da sociedade civil convocaram uma manifestação contra a "tomada de poder" do Conselho Militar de Transição (CMT) em Abril pelo filho de Deby, Mahamat Idriss Deby Itno, e para pedir eleições e um Governo civil.
"Estamos a lutar por um Chade justo ... Não vamos parar enquanto houver injustiça no país e o CMT estiver no comando", disse Max Loalngar, porta-voz do Wakit Tamma, uma plataforma de oposição na capital N'Djamena.
"Eu marchei para dizer não à devolução monárquica do poder no Chade", disse Elsa, uma manifestante de 23 anos, segurando uma placa que dizia "O Chade não é um reino".
Por seu lado, Marcelino, de 25 anos, acrescentou que “o país retrocede a quase 30 anos em termos de educação, água potável e acesso ao emprego e é preciso estar próximo do partido governante ou membro do clã para ter acesso ao emprego".
Os generais prometeram eleições "livres e transparentes" após uma "transição" de 18 meses quando assumiram o poder, depois de terem dissolvido o Parlamento e revogado a Constituição.
Um prometido "diálogo nacional", que deveria incluir opositores ao regime ainda não começou e, ao contrário do anunciado pelos militares, não foi criada a equipa de 93 pessoas que redigirá uma nova Constituição.