Mais de 9 mil pessoas foram presas em oito dias de protestos contra o racismo em dezenas de cidades dos Estados Unidos, depois que um polícia branco matou um cidadão negro desarmado e que não resistiu à prisão em Mineápolis, no Estado de Minesota, no passado dia 25.
O dia de ontem, 2, foi considerada o dia mais calmo até agora, apesar de roubos e assaltos em Nova Iorque e alguma tensão na capital, Washington.
Registou-se, no entanto, um claro recuo na violência em comparação com os últimos dias.
Os organizadores do protestos desdobraram-se durante o dia de ontem em declarações nas quais garantiram que a violência não parte dos manifestantes, mas de grupos radicais infiltrados e que não são apenas negros.
Um dos pontos altos dos protestos de ontem aconteceu na cidade natal do assassinado George Floyd, em Houston, onde milhares de pessoas solidarizaram-se com a família dele e, de forma pacífica, pediram por justiça e pelo fim do racismo.
Em várias cidades, as autoridades ampliaram o recolher obrigatório e dispersaram manifestantes antes do início da noite, período em que a violência tem tomado conta dos protestos.
Em Washington, os manifestantes voltaram a protestar frente à Casa Branca, onde a polícia instalou um amplo perímetro de segurança, mas não se registaram confrontos com a polícia.
Críticas ao Presidente
O Presidente Donald Trump, que na segunda-feira, prometeu enviar o exército para as ruas se os governos dos Estados não contiverem a violência, foi muito criticado por ter ido a uma igreja episcopal em frente à Casa Branca fazer uma foto com uma Bíblia na mão.
O candidato democrata Joe Biden disse que Trump está preocupado com a eleição e em alimentar as suas bases e vários líderes religiosos na capital criticaram o que chamaram de “manipulação”.
A liderança da Igreja Episcopal de Washington também condenou o ato.
"Foi traumático e profundamente ofensivo, no sentido de que algo sagrado foi desviado para uma postura política", disse a sacerdote episcopal de Washington, Mariann Budde.