O Movimento do Protetorado da Lunda Tchokwe promete começar o ano de 2017 com uma série de manifestações nas ruas do leste do país para obrigar o Governo a discutir os problemas do povo Lunda.
O presidente do Movimento, José Zecamutchima, caracterizou o ano de 2016 de dramático em termos sociais e económicos, “o pior de todos os tempos para os cidadãos”.
''Em 2017, o Governo vai ter mesmo de sentar-se connosco para dialogar porque a nossa luta é pelo restabelecimento da autonomia das Lundas Tchokwe, as nossas manifestações vão ser a partir de 2017 como a Constituição visando a nossa auto-determinação e os restantes direitos vêm depois'', disse Zecamutchima à VOA.
Para aquele activista, o ano que agora termina foi o pior de todos os tempos.
“A vida lá parou, não há empresas, por isso não há emprego, as pessoas não têm condições de vida, este foi o pior ano para o povo das Lundas, os enfermeiros mandam os doentes procurar kimbadeiros para se tratarem”, denuncia Zecamutchima, para quem “tudo isto é um sinal da ausência das instituições do Governo''.
O Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe completou 10 anos de existência este ano e, segundo o seu presidente, tem nas suas fileiras mais de 25 mil membros em actividade no leste do país.