O presidente do auto-denominado Manifesto Protectorado das Lundas, Jota Filipe Malakito, que enviou uma queixa-crime contra o Governo angolano no Tribunal Penal Internacional, vai a caminho das Nações Unidas para exigir uma decisão do tribunal.
Ele quer o que chama de “restituição” das Lundas.
“Na fase de execução não há conversa, não se discute mais nada e o TPI não vai discutir com o Governo angolano apenas vai passar o acórdão”, defende Malukito.
Questionado se acredita na suposta devolução das Lundas, uma vez que a constituição angolana diz que o território angolano é uno e indivisível, Malukito diz que “as Nações Unidas têm a obrigação de reconhecer a Nação Lunda, porque o TPI”.
No ano passado, o Gabinete do Procurador do Tribunal Penal Internacional endereçou aos membros do Protectorado da Lunda-Tchokwé uma carta em que questionou as provas anexas no processo contra o Governo angolano sobre o suposto genocídio no território das Lundas.
A organização de Jota Filipe Malakito enviou as provas solicitadas, mas até agora, desconhece-se qualquer desenvolvimento desse processo.