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Proposta da UNITA para “frente ampla” da oposição encontra apoio e cepticismo


Adalberto Costa Júnior, presidente da UNITA, comício em Malanje, 23 novembro 2020
Adalberto Costa Júnior, presidente da UNITA, comício em Malanje, 23 novembro 2020

CASA-CE duvida da praticabilidade da proposta e Bloco Democrático apoia

A maior força politica na oposição em Angola, a UNITA diz pretender criar “uma ampla frente" para tirar o MPLA do poder nas eleições de 2022.

O partido liderado por Adalberto Costa Júnior entende que só com uma única força da oposição em 2022 o eterno poder dos camaradas cairá e diz que 2021 deve ser o ano da "mobilização dos patriotas" para a alternância de poder.

A CASA-CE, a segunda maior força na oposição, diz que a teoria é boa mas no terreno as coisas são muito mais complicadas.

"A ideia é boa mas uma coisa é a teoria e outra bem diferente é a pratica, às vezes diz-se uma coisa mas a prática vai noutra direcção”, disse o deputado Manuel Fernandes.

“Agora, não tenhamos ilusão que para tirar o MPLA do poder que por estar muito tempo criou tentáculos é necessário muito mais envolvimento do que se pensa", acrescentou.

O Bloco Democrático, por seu lado, entende que estaria disponível a juntar a sua força a uma plataforma única da oposição.

"O Bloco Democrático reafirma o seu posicionamento nesta ideia de uma única frente da oposição credível para que se possa remover o MPLA do poder", disse Joao Baruba..

Mas Makuta Nkondo, deputado sem representação partidária, diz não acreditar que isto resulte “porque os políticos angolanos não aceitam submeter-se à liderança de outros”.

“Todos querem ser chefes, querem dirigir, não acredito que a UNITA aceite Chivukuvuku na liderança, nem Chivukuvuku aceitaria ter outro líder, a CASA-CE não admite que outro partidário lidere”, sustentou, para acrescentar "esse seria o nosso maior problema".

A VOA tentou ouvir a reacção de dois dirigentes do MPLA mas não estavam disponíveis.

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