Os projectos do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios PIIM estão a ser saudados na Huila, embora haja cidadãos que se queixem que os seus locais de habitação em nada beneficiaram.
Outros avisam que nos casos de centros de saúde isso pode nada significar se não for acompanhado de outras medidas como o fornecimento de medicamentos
O PIIM na província angolana da Huíla tem 177 projectos concluídos e 49 em execução de um total de 226 da carteira de projectos inseridos no programa.
A informação é do Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística do Governo local que aponta para a execução de projectos a cem por cento nos municípios da Cacula, Chibia, Chicomba e Humpata, estando por concluir projectos nas circunscrições de Caluquembe, Chipindo, Cuvango, Gambos, Jamba, Lubango, Matala, Quilengues e Quipungo.
A capital Lubango lidera com um total de 21 projectos.
Simon Canongo vive no bairro da Mitcha um dos mais populosos da cidade do Lubango e diz que o PIIM não trouxe nada ao nível local.
“No bairro não houve nenhuma obra que eu saiba”, disse.
“Gostaria que o PIIM melhorasse o sistema de iluminação pública e melhorasse algumas escolas que estão em condições precárias no caso da escola número 50”, acrescentou
André Maria valoriza a construção do hospital da zona da Maxiqueira que atende vários bairros na periferia do Lubango, que apesar de precisar de melhorar em alguns serviços, aproximou os cidadãos dos cuidados primários de saúde.
“ Agora com o hospital da Maxiqueira já não precisamos nos deslocar para sítios distantes, temos os serviços próximos, é um benefício para a população daquela localidade”, afirmou
Maly da Rosa reside no município da Humpata e diz ser um fato os benefícios do PIIM na região que reabilitaram vias de acesso na sede municipal.
“ Temos escolas, temos asfalto, as nossas estradas estão bem melhoradas, tanto a via de acesso à população do Alto Bimbi e da população das Neves”, disse.
Vilson Estêvão é professor de dança no centro de artes e ofícios construído no quadro do mesmo programa a pouco mais de um ano no Lubango e refere que o trabalho ali desenvolvido está a tirar muitos jovens das más práticas.
“ Não sei o que seria dos jovens que fazem cursos aqui na ausência deste centro porque eu tenho alguns bailarinos que muitos deles saíram de ambientes não saudáveis à juventude “, disse acrescentando que não é só dança que o centro fornece mas também corte e costura, decoração, música teatro,.
“Os jovens que não estavam num meio saudável e hoje estão aqui no centro e têm ocupação”, afirmou
Para a Associação Construindo Comunidades, (ACC), é importante que as infra-estruturas construídas não se tornem autênticos elefantes brancos mas sirvam efectivamente o seu objecto social, alerta o director-executivo da organização, Domingos Fingo.
“Na maior parte das comunidades digo-lhe mesmo sem qualquer receio 95 por cento das comunidades com as quais trabalhamos e que tenham postos de saúde refiro-me a toda a região sul, não têm acesso ao medicamento”, afirmou
De acordo com o governo local em termos de execução financeira o PIIM na Huíla consumiu mais de 44 milhões e 51 mil milhões de Kwanzas num percentual de 98% dos 226 projectos correspondentes à carteira de projectos.
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