O programa de apoio aos partidos políticos lançado pelos governos dos Estados Unidos e de Angola, é considerado desafiante. Para falar sobre o assunto, ouvimos Faustino Mumbika da UNITA, Ângela Bragança do MPLA e Luis Jimbo, especialista em assuntos eleitorais e democracia.
A organização desta iniciativa pretende promover uma democracia resiliente e inclusiva, e prevê beneficiar 164 formações políticas dos países da SADC.
O empenho do governo americano nesta ação, visa apoiar os partidos políticos e torná-los fortes e vibrantes, porque enquanto instituições, são os pilares de um sistema democrático bem-sucedido.
O programa financiado pelos EUA, através da Agência para o Desenvolvimento Internacional (USAID), num total de 10 milhões de dólares, será desenvolvido em sete países, designadamente Angola, Botswana, Eswatini, Lesotho, Malawi, Namíbia e África do Sul, num período de cinco anos de execução.
De acordo com a encarregada de negócios da embaixada dos Estados Unidos da América em Angola, Mary Emma Arnold, o POPRID, centrado na promoção de sistemas multipartidários representativos, surge no quadro de três pilares do engajamento da administração Biden, sobretudo em Angola, nomeadamente, prosperidade económica, segurança e boa governação.
Os partidos políticos com representação parlamentar estiveram presentes neste encontro que serviu também de aproximação, numa altura em que a classe política reclama da crise de diálogo no país, sobretudo entre os principais atores.
Segundo alguns analistas em Luanda, estas iniciativas, para além da sua dimensão e importância, devem preocupar os políticos africanos que muito pouco investimento fazem para o fortalecimento dos processos democráticos.
O secretário para os assuntos eleitorais da UNITA, Faustino Mumbika, participou no ato de lançamento e enalteceu a iniciativa, que diz estar em conformidade com as preocupações do seu partido, quanto à necessidade do financiamento da democracia.
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