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Professores no Uíge vão à justiça por violação de direitos humanos por parte da polícia


Professores manifestam-se no Uíge, Angola, 1 de Junhpo de
Professores manifestam-se no Uíge, Angola, 1 de Junhpo de

Em causa abusos, torturas e roubos de equipamento de que dizem ter sido alvo quando foram detidos aquando da manifestação de 1 de Julho

Os professores do ensino geral que não receberam o subsídio de exames desde 2019 na província angolana do Uíge e que, segundo eles, foram detidos e torturados durante a manifestação de 1 de Julho pela Polícia de Intervenção Rápida (PIR), vão à justiça para responsabilizar os agentes por alegada violação de direitos humanos.

Salomão Sungo, coordenador e porta-voz do grupo de "professores destemidos”, como se auto-proclamam, diz que os advogados aguardam apenas toda a informação necessária.

“Houve violação dos direitos humanos, há professores que foram batidos de forma violenta, rasgaram as suas batas, tivemos também a perda e destruição de vários telefones e megafones, acho que na semana que vem já podemos fazer a entrada da acção criminal contra a polícia", afirma Sungo.

A coordenadora adjunta do grupo, Madalena António garantiu que estão determinados "a sofrer as últimas consequências até verem resolvido o problema".

A VOA sabe que a delegação provincial da Educação no Uíge, já pediu desculpa pública aos professores pelo não pagamento do subsídio de exame de 2019 e prometeu resolver o problema.

A VOA contactou a delegação provincial do Interior no Uíge para ouvir a sua versão, mas não obtivemos resposta.

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