Com a ameaça de greve a pairar no ensino geral em Angola, os professores na província da Huíla estão decididos em avançar para a paralisação caso venha a ser decidida pelo sindicato da classe a nível nacional.
Esta decisão ficou clara depois de uma reunião dos professores no último fim-de-semana em que analisaram a situação vigente no ensino não universitário.
A actualização da carreira docente, ao invés das promoções defendida pelo Governo, e a questão dos subsídios são as principais reivindicações do SINPROF que, desde o ano passado, foram entregues ao Ministério da Educação.
Para os professores, perante a ausência de soluções do Governo face ao caderno reivindicativo apresentado pelo Sindicato Nacional de Professores, (SINPROF), a paralisação é o caminho.
“Não há meios financeiros que suportam as necessidades dos professores e por vários motivos os professores optam pela greve. O nosso patrão (governo) não está a conseguir dar solução a estas situações”, disseram fontes da reunião para as quais “a greve é bem-vinda é justa”.
Para o secretário provincial em exercício do SINPROF, Albino Daniel, é importante que a ronda de negociações em curso entre a entidade patronal e o sindicato produza resultados positivos porque, segundo ele, a vontade dos filiados é partir para a greve.
“Caso não se resolvam os problemas na perspectiva em que o sindicato está a defender a Huíla está pronta para a paralisação de aulas”, sublinhou.