O Sindicato dos Professores (SINPROF) na Huíla decidiu paralisar com todas as actividades no ensino geral nos dias da greve a ser anunciada a nível nacional, depois de acesos debates à volta dos pontos que dividem a classe de professores e o Executivo, com destaque para a actualização da carreira docente.
Fernando Augusto, professor na comuna do Galangue no município do Kuvango, a mais de 300 quilómetros a leste do Lubango, apoia a greve por entender que o país dispõe de condições para oferecer uma vida melhor.
“Pelo que nós vemos e pelo que sabemos, o nosso país é rico e oferece condições suficientes para que os professores tenham vida digna, o que não acontece”, lamentou Augusto
Para o SINPROF na Huíla, a greve é um facto e cabe agora à direcção central dar os passos administrativos como a declaração de greve.
“Vamos esperar agora que a declaração de greve seja emitida. A greve é um facto aqui na Huíla”, garantiu o secretário-geral do sindicato na província, João Francisco.
Os professores decidiram ainda realizar uma manifestação pública para exigir que o Governo honre os pontos constantes no caderno reivindicativo entregue há três anos.