Os professores do Ensino Geral em Angola começaram nesta segunda-feira, 9, uma greve nacional com a duração de 15 dias como forma de pressionar o Governo a satisfazer as exigências apresentadas no caderno reivindicativo entregue em 2013.
O Ministério da Educação responde dizendo que tem concretizado as exigências dos docentes.
Esta é a terceira fase da greve dos professores que foi suspensa há cerca de um ano, altura em que o Ministério da Educação de Angola prometeu dar solução às reclamações dos docentes.
A paralisação visa demonstrar a insatisfação dos professores pela não aprovação do Estatuto da Carreira Docente e repudiar a estratégia do Ministério da Educação de priorizar o concurso público de admissão de novos professores em detrimento da actualização de categorias dos docentes em serviço, de acordo com o Sinprof.
Em comunicado, o Ministério da Educação garante que várias exigências dos professores foram resolvidas ou estão em fase de resolução, nomeadamente a nomeação dos professores do Ensino Secundário e o processamento do subsídio de diuturnidade aos docentes.
Na nota, aquele departamento governamental esclarece que quanto ao Estatuto da Carreira Docente, "tendo em conta a complexidade" do tema "foi considerado necessário estabelecer um cronograma para a sua aprovação", que inclui a "elaboração da tabela indiciária que lhe está associada bem como a definição da respetiva incidência financeira".
O Ministério revela ter pedido ao Sinprof a suspensão da declaração de greve, bem como a "observância do sentido patriótico e profissional, tendo em conta as consequências negativas desta greve na fase atual do calendário escolar".
O departamento dirigido por Maria Cândida Teixeira exorta os professores a "continuarem a cumprir os seus deveres laborais" e pede aos pais e encarregados e educação a "levarem normalmente os seus educados às aulas".