Os professores cabo-verdianos filiados no Sindicato Nacional de Professores (SINDEP) cumprem nesta quarta feira, 23, o primeiro dia greve em protesto contra o que consideram falta de vontade do Governo em resolver um conjunto de pendências relativas à classe.
As reivindicações, segundo o presidente do sindicato são várias, nomeadamente “subsídios às aposentações, progressões e reclassificações, entre outras”.
Jorge Cardoso considera que tem havido “desrespeito e falta de consideração do Executivo, que nunca apresenta propostas concretas nas negociações visando a resolução dos problemas, com prejuízos claros para os homens e mulheres que muito têm dado para o desenvolvimento do país”.
Apesar do ministro da Educação ter reafirmado o compromisso do Governo no cumprimento do cronograma negociado para resolver as pendências até o final do próximo ano, o SINDEP avançou mesmo com a greve e a manifestação como forma de pressão.
Ministro garante respeitar acordo
“Os professores demonstram que querem mais dignidade e respeito, diz o sindicalista.
O ministro da Educação, Amadeu Cruz, em reacção à greve, reafirma o propósito de cumprir o cronograma até o final do próximo ano.
“Eu não vejo deste ponto de vista argumentos e fundamentos para a greve, mas o sindicato é livre e saberá o que está a fazer num contexto em que o país e o mundo inteiro estamos todos a enfrentar na sequência da pandemia que originou a redução de receitas e a contenção de despesas``, frisa o governante.
O SINDEP, que já tinha realizado uma greve a 1 de Fevereiro, tem cerca de quatro mil afiliados.