Em Cabo Verde, a erupção vulcânica iniciada a 23 de Novembro, na ilha do Fogo, provocou a destruição de várias infra-estruturas em Chã das Caldeiras. Além de casas e da sede do Parque Natural do Fogo, as duas adegas que produzem os vinhos mais emblemáticos do país foram destruídas. Agora, quando as autoridades iniciam o processo de reconstrução da região, os produtores de vinho não querem deixar o lugar para não colocar em risco a qualidade dos vinhos.
No momento em que se fala da reconstrução do Fogo, tendo o Governo criado um Gabinete de coordenação e fundo de financiamento para o efeito, os responsáveis das adegas destruídas pelas lavas defendem a construção de novas estruturas em Chã das Caldeiras, onde está localizado o Vulcão do Pico.
Eles que, apesar dos risco, que sempre existem numa zona onde há vulcão, faz todo sentido construir essas infra-estruturas em Chã das Caldeiras já que o clima local é o mais adequado para a produção do vinho.
Eduíno Lopes até já tem algumas áreas identificadas para a nova adega, desde que obtenha a autorização das autoridades.
Também o proprietário David Gomes Neves concorda com o seu colega Eduíno Lopes para salvaguardar a qualidade do vinho .
Com as chuvas do mês de Fevereiro, David Gomes Neves antevê uma boa safra neste ano de 2015, ao mesmo tempo que perspectiva a produção de perto de 150 a 200 mil litros de vinho.
Neste particular, os proprietários esperam contar com a colaboração das autoridades centrais e locais na construção de um armazém provisório para a instalação de algumas máquinas, visandoa produção do vinho ainda este ano.