A procuradoria geral da República na províngia angolana do Namibe pediu nesta quinta-feira, 26, pesadas penas de prisão para dois antigos funcionários do Ministério da Saúde acusados de desviarem dezenas de milhões de kwanzas de fundos de combate à febre amarela.
A procuradora Isvandra Nunes Sebastião disse ter ficado provado que Inocêncio Sakelo, então director Municipal da Saúde no Namibe, desviou quase 16 milhões de kwanzas, enquanto Vitorino Samuel desviou quase 63 milhões de kwanzas, e pediu pediu penas de prisão de 5 a 14 anos para Vitorino Samuel e de 3 a 10 anos para Inocêncio Sakelo.
O advogado de defesa pediu a absolvição dos réus afirmando que nenhum dos dois arguidos era gestor na data dos factos.
Os que deveriam responder pelo peculato neste processo não se encontram presentes, disse o advogado.
Inocêncio Sakelo, um dos acusados, disse que agentes do Serviço de Investigação Criminal apreenderam uma viatura que lhe tinha sido oferecida pelo então ministro de Saúde José Van-Dunem, mas a mesma foi excluída do processo de peculato em curso e circula normalmente nas ruas do Namibe por alguns procuradores.
"É uma viatura que me foi atribuída pelo então ministro da Saúde José Van-dunen, pelo mérito do meu trabalho. Foram selecionados alguns responsaveis municipais pelo trabalho feito nos municipios", disse.
Os magistrados do Ministério Público negam prestar qualquer esclarecimento enquanto decorrer o processo, mas a VOA soube de fonte junto da PGR que a viatura reclamada foi entregue à Procuradoria como fiel depositário do Estado e está ao serviço da Administração da Justiça no Município do Camucuio no Namibe.
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