O Presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Dom Carlos Matsinhe, diz que a demora na tomada de posse do director-geral do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), não compromete o cronograma do próximo ciclo eleitoral em Moçambique, argumento que não convence a Renamo, por parecer uma manobra para alterar o processo eleitoral.
O STAE continua sem director-geral, quando faltam cerca de quatro meses para o início do recenseamento eleitoral.
Contudo, Dom Carlos Matsinhe afirma que os preparativos para a realização, em 2023, do recenseamento eleitoral, estão em curso, realçando que este processo não depende do Director-Geral do STAE.
Matsinhe anotou que "a criação dos órgãos eleitorais é uma tarefa que já está a ser realizada; mesmo com a ausência do director-geral, temos os directores-gerais adjuntos que estão a tomar conta de todas as responsabilidades para garantir que os órgãos sejam estabelecidos".
Cronograma
No entanto, o porta-voz da Renamo, José Manteigas, diz que as eleições obedecem a um cronograma, mas quando esse cronograma começa a ser posto em causa, a consequência é que isso pode também afectar todo o processo eleitoral no seu conjunto.
"Estamos preocupados, porque não vemos argumentos nem razões suficientes para protelar a tomada de posse do director-geral do STAE, um órgão de relevo para a prossecução dos objectivos de todos os órgãos eleitorais", afirma.
Uma fonte da Comissão Nacional de Eleições, disse à VOA que o novo director-geral do STAE tomará posse na próxima sexta-feira, 14.
O arranque do recenseamento eleitoral, uma das fases mais importantes para as eleições, está previsto para 20 de Fevereiro de 2023, estando as sextas eleições autárquicas agendadas para 11 de Outubro.
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