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Privatização da Media Nova não significa independência editorial


Jornalistas angolanos, Luanda, Angola
Jornalistas angolanos, Luanda, Angola

Jornalistas angolanos duvidam que a privatização dos meios de informação do grupo Media Nova leve à independência editorial dos mesmos.

O Governo angolano vai dar início ao processo de privatização das empresas do setor de tecnologias de informação e comunicação social, entre as quais se destacam a TV Zimbo, o Jornal O País e a Rádio Mais do grupo Media Nova antigas propriedades dos generais Leopoldino do Nascimento "Dino" e Helder Viera Dias Júnior "Kopelipa" e do ex-vice-presidente de Angola Manuel Vicente.

De imediato uma das questões que se levanta é quem terá capacidade financeira para comprar esses órgão de informação, mas o jornalista Nok Nogueira por exemplo, diz que a questão do dinheiro não é a mais importante

“Esta questão do dinheiro não se coloca, a questão que se coloca é sobretudo a do posicionamento editorial, como é que estes órgãos vaãoo continuar a se posicionar”, disse.

“Naturalmente o governo não vai aceitar vender numa entidade com a qual não tem nenhum tipo de afinidade. O que vai acontecer é o mais do mesmo, é termos este órgãos a fazer o jogo do governo”, acrescentou.

O jornalista Teixeira Cândido, lamenta o facto de nunca,Angola ter tido licença de televisão na mão de privados.

“Nunca tivermos televisão efetivamente na mão de privado que não aquelas pessoas ligadas ao governo ligadas ao poder”, disse.

“Isso faz levantar as suspeitas de que a Zimbo possa ser entregue às mãos de pessoas próximo ao poder, e temos muitas duvidas que vai para mão de privados”, disse.

O jornalista Escrivão José, não tem dúvida que a TV Zimbo, o Jornal O País e a Rádio Mais, vão para “os novos ricos feitos pelo presidente João Lourenço”.

Não se prevê qualquer independência deste órgãos na mão dos novos donos, disse Escrivão José que considera que “quem compra a TV Zimbo serão os que estão no governo a trabalhar com o presidente Joao Lourenço”.

“Portanto não vai mudar nada pois que no fundo terá à testa o presidente João Lourenço”, disse Escrivão José para quem “os activos vão ser vendidos a preço baixo”.

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