O Governo da China pediu explicações aos Estados Unidos e Canadá pela detenção no Canadá da directora financeira e filha do fundador do grupo de telecomunicações Meng Wanzhou, a pedido de Washington.
Meng, uma das vice-presidentes do conselho da companhia, foi presa a 1 de Dezembro a pedido de autoridades americanas e deve comparecer a audiência amanhã, 7, afirmou o Ministério da Justiça do Canadá.
Geng Shuang, porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, pediu a libertação "imediata" de Meng Wanzhou, que também é presidente do grupo.
A justiça americana acusa Shuang de ter violado sanções impostas por Washington ao Irão.
Em nota, a Huawei confirmou a prisão de Meng e afirmou que a companhia recebeu poucas informações sobre o caso.
Como primeira reacção, as bolsas chinesas fecharam em queda nesta quinta-feira, em meio a preocupações de que a prisão possa criar uma barreira entre a China e os Estados Unidos, dias depois de os presidentes Donald Trump e Xi Jinping terem negociado uma trégua temporária na guerra comercial para que os dois lados tenham mais tempo para as negociações.
A prisão e qualquer possível sanção contra a segunda maior fabricante de smartphones do mundo pode ter grandes repercussões na cadeia global de fornecimento de tecnologia.
As acções de fornecedoras asiáticas da Huawei, que incluem a Qualcomm e a Intel, caíram nesta quinta-feira.