Sete activistas angolanos condenados a 45 dias de prisão e ao pagamento de 75 mil kwansaspor se manifestarem contra o que dizem ser a falta de transparência do processo eleitoral, podem ser soltos a 31 de Maio.
Para tal, os familiares têm de pagar, em kwanzas, mais de três mil dólares.
A CASA-CE manifesta a sua preocupação com a onda de prisões de activistas em vésperas da campanha eleitoral.
Os familiares dos sete jovens condenados no mês passado por se terem manifestado em Cacuaco contra a falta de transparência no processo eleitoral dizem ter quase todo o dinheiro.
Na altura em julgamento, não ficou provado que os activistas tivessem partido o vidro de uma das viaturas da Polícia Nacional durante o protesto, como foram acusados inicialmente.
Os activistas estão agora a cumprir a pena de 45 dias de prisão nos estabelecimentos prisionais de Viana e Kakila, em Luanda e Calomboloca, na província do Bengo.
Cinco outros jovens foram detidos e soltos no passado sábado, 20, dia por exigirem a soltura doo sete jovens do Cacuaco.
Lindo Bernardo Tito, vice-presidente e porta-voz da CASA-CE, considera que a prisão de jovens que reclamam tão somente direitos fundamentais nesta altura visa intimidar a classe política no país.
Para Tito, os jovens querem apenas mostrar as suas opiniões em tempo de eleições.
“Exige-se que quem tem o controlo do poder político que cumpra o principio da legalidade que se impõe a toda a sociedade”, sublinhou aquele responsável.