O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, disse ao Presidente russo, Vladimir Putin, na terça-feira, 9, em Moscovo, que a paz é "da maior importância" e que "a guerra não pode resolver os problemas".
"Como amigo, também disse que para um futuro melhor da nossa próxima geração, a paz é da maior importância", afirmou Modi num discurso em hindi, sentado ao lado de Putin.
"Quando crianças inocentes são assassinadas, quando as vemos morrer, o coração dói e essa dor é insuportável". Modi disse que ele e Putin discutiram a campanha da Rússia na Ucrânia durante a sua visita a Moscovo.
"Como um verdadeiro amigo, estivemos juntos e conversámos sobre uma série de questões", disse Modi. "E fiquei satisfeito por termos podido exprimir os nossos pontos de vista abertamente e em pormenor sobre a Ucrânia", acrescentou o primeiro-ministro.
Modi aterrou em Moscovo na segunda-feira, horas depois de a Rússia ter lançado misseis contra cidades ucranianas que matou mais de três dezenas de pessoas e danificou gravemente um hospital pediátrico em Kiev.
O ataque provocou a condenação dos governos da Europa e da América do Norte.
"Sei que a guerra não pode resolver problemas, que as soluções e as conversações de paz não podem ser bem sucedidas entre bombas, armas e balas", acrescentou Modi. "E precisamos de encontrar um caminho para a paz através do diálogo".
A Rússia é um fornecedor vital de petróleo e armas a preços reduzidos para a Índia, mas o isolamento de Moscovo em relação ao Ocidente e os laços crescentes com Pequim tiveram impacto na sua parceria com Nova Deli.
Nos últimos anos, as potências ocidentais têm também cultivado relações mais fortes com a Índia como proteção contra a China e a sua crescente influência na Ásia-Pacífico, ao mesmo tempo que pressionam Nova Deli a distanciar-se da Rússia.
Os líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) reunem-se a partir de hoje, 9, em Washington DC para o 75º aniversário da fundação. É expectável que a Ucrânia e os esforços para fortalecer o país seja dos principais temas sobre a mesa.
O Papa Francisco manifestou "grande pesar" pelo ataque com mísseis a um hospital pediátrico de Kiev e expressou "profunda angústia" pela escalada da violência na Ucrânia e em Gaza, informou o Vaticano na terça-feira, 9.
"O Santo Padre tomou conhecimento, com grande pesar, das notícias sobre os ataques a dois centros médicos em Kiev, incluindo o maior hospital pediátrico da Ucrânia, bem como contra uma escola em Gaza", afirmou num comunicado.
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