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Primeiro-ministro do Haiti demitiu-se


Ariel Henry, primeiro-ministro do Haiti
Ariel Henry, primeiro-ministro do Haiti

O primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, renunciou ao cargo que deixará após a criação de um Conselho de Transição que governará o país até às novas eleições.

O anúncio foi feito pelo Presidente da Guiana, Irfaan Ali, no final da noite de segunda-feira, 11, na capital da Jamaica, Kingston, depois de um encontro da Comunidade Caribenha (Caricom), que se reuniu para discutir a crise no Haiti, que vive uma espiral de violência sem precedentes.

“Os haitianos merecem um país onde as crianças possam ir à escola e os seus pais saibam que estarão seguros”, lê-se no comunicado lido no final do encontro em que os presidentes dos países daquela comunidade dizem elogiar “a disposição e a coragem das partes interessadas haitianas em se comprometerem a colocar o Haiti de volta no caminho da democracia, da estabilidade e da prosperidade.”

A nota da Caricom informa que o Conselho de Transição será composto por seis representantes de várias coligações políticas haitianas e um do setor privado, com direito a voto, e ainda por dois membros da sociedade civil sem direito a voto.

O Conselho de Transição terá por principal missão escolher o novo primeiro-ministro e iniciará o processo para a realização das próximas eleições presidenciais.

O país tem sido assolado há meses por uma violência sem precedentes, depois do assassinato do antigo Presidente.

A demissão de Ariel Henry ocorre uma semana depois de o seu avião ter sido forçado a aterrar em Porto Rico, quando lhe foi negada a entrada na República Dominicana, que partilha a ilha com o Haiti.

As gangues aproveitaram a ausência de Henry para atacar a Cadeia Nacional e outra prisão em Porto Príncipe, mataram várias pessoas, soltaram milhares de presos e atacaram o principal aeroporto do Haiti.

Jimmy “Barbecue” Cherizier, líder de uma aliança de gangues que organizou os ataques, disse que não permitirão que Henry regresse ao Haiti e instou-o a renunciar.

O Governo declarou estado de emergência e toque de recolher noturno.

Durante a reunião da Caricom, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, anunciou que Washington contribuirá com 100 milhões de dólares extras para apoiar a força de segurança apoiada pela ONU no Haiti, juntamente com outros 33 milhões de dólares em ajuda humanitária.

O Governo de Porto Rico disse que o primeiro-ministro cessante terá autorização para permancer no país.

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