Na Guiné-Bissau, os novos membros do Governo resultante da remodelação governamental tomaram posse esta sexta-feira no palácio presidencial, perante as contestações do MADEM-G15 e do APU-PDGB.
A cerimónia contou com a presença inesperada do Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabian, cujo partido (APU-PDGB) convidou ontem o Presidente da República “a reconsiderar a sua decisão de remodelar a reconfiguração da orgânica do Governo”.
Aos jornalistas, Nuno Gomes Nabian, reconheceu que havia,“um pequeno desentendimento, mas que, no entanto, foi ultrapassado”.
Contrariamente à posição assumida publicamente pelo seu partido, o chefe do Governo afirma concordar com a remodelação Governamental, sublinhando que a sua presença no acto é confirmação do seu acordo à remodelação.
“Houve algum desentendimento ou má interpretação, mas acabamos de ultrapassar aquilo que podia ser problema e concordamos, agora é trabalhar”, disse
O Primeiro-ministro disse ainda que as suas relações com o Presidente da República “estão boas”.
“É normal que haja algum desentendimento, porque isso é um processo e cada um de nós, por vezes, tem a sua visão própria, mas isso se resolve com o diálogo”, acrescentou.
Face às contestações do APU-PDGB e do MADEM-G15, sobre esta remodelação governamental, o Presidente Umaro El Mocktar Sissoco Embaló, esclarece que o Governo é dele e a ele que cabe tomar as decisões, sublinhando quo govenro é o resultado de um consenso”.
“Agora aos outros partidos, o que posso aconselhar é que convém prepararem-se melhor para as próximas eleições legislativas para poderem ganhar e assim poderem reclamar”, disse acrescentando que “esta geringonça é feita pelo Presidente da República, de forma que eu desvalorizo estas reivindicações".