O primeiro-ministro cabo-verdiano descartou nesta quarta-feira, 2, a possibilidade de o seuGoverno subsidiar os voos da TAAG entre Luanda e Praia com escala em São Tomé.
Questionado pela VOA à margem da visita que fez ao barco Logos Hope, no Porto da Praia, Ulisses Correia e Silva lembrou que a companhia de bandeira do arquipélago, a TACV, enfrenta "problemas que bastem" de sustentabilidade e que o seu Executivo não tem condições para conceder subsídios ou isenções, apesar de reconhecer a importância dessa “ligação histórica”.
Correia e Silva reagia assim à posição do presidente do Conselho de Administração (PCA) da TAAG que, em entrevista ao jornal angolano Valor Económico na passada segunda-feira, 31, admitiu suspender o voo entre Luanda e Praia, caso não receber subsídios ou isenções do pagamento de taxas em virtude de ser uma ligação deficitária.
"Claro, que se o Governo nos disser: 'queremos que mantenha o voo e estamos preparados para subsidiá-lo', nós aceitaremos", explicou Peter Hill, que também admite manter o voo se o Governo de Cabo Verde oferecer algumas vantagens, “como a redução das taxas de aterragem e o custo de combustível, entre outras”.
Hill adiantou que o voo para Cabo Verde é uma rota muito cara, “pois custa-nos 2,5 milhões de dólares por ano, para transportar apenas, em média, 20 pessoas por voo".
O chefe do Governo cabo-verdiano afirmou ainda que o seu Governo não recebeu ainda qualquer informação oficial, mas admitiu haver accionado canais próprios para resolver a questão, sem explicar quais.
A eventual suspensão dos voos da TAAG entre Luanda e Praia foi levantada há meses pelos deputados do MpD, no poder, e do PAICV, na oposição, para o círculo de África, que exortaram o Presidente da República e o primeiro-ministro a evitar o cancelamento da referida ligação área.