Os trabalhadores guineenses reservaram o Dia do Trabalhador para diversão, sobretudo em piqueniques colectivos, tendo por pano de fundo os vários problemas que os afectam, nomeadamente do aumento salarial à promoção de carreia.
Seco da Silva, docente, congratulou-se, todavia, com o pagamento atempado dos salários, mas queixa-se da disparidade que se regista entre os trabalhadores guineenses e os dos países membros da Comunidade Económica Monetária Oeste Africana (UEMOA).
“Não é aceitável as pessoas ainda a receber 50 mil francos, mais ou menos 70 a 100 euros mensais. Acho que não é humano, não é digno”, reclamou Silva.
Juca Delgado, um dos cidadãos observadores do funcionalismo público guineense, particulariza a sua preocupação para com a situação dos professores, que disse ser deplorável.
Ele acredita, contudo, no futuro melhor da classe, desde que haja alguma pressão para o efeito.
“É para lutar com mais vigor, para dizer que já aconteceu isso e que há uma brecha nas leis, na constituição, na nossa forma de pensar que nos levou a esta situação. Então, mais de que estas conversas de dizer: ´vamos conversar´, tudo é história, pois quem cria este problema não quer diálogo”, desabafa Delgado.
Em comunicado, a Confederação Geral dos Sindicatos Independentes, uma das centrais sindicais, exorta ao Governo a aprovar urgentemente o Código Laboral e a fazer o reajuste salarial na função pública.