Desde Abril de 2023 altura em que o governo angolano decidiu ajustar o preço do litro da gasolina de 160 para 300 kwanzas que tudo começou disparar no mercado de bens alimentares.
A famosa caixa de óleo Fula está neste momento acima de 27.000 kwanzas ao passo que o saco de arroz custa 25.200 kwanzas, o saco de açúcar de 25 quilogramas pouco mais de 25.000 kwanzas.
O quilograma de farinha de milho, uma das bases da alimentação das famílias angolanas na região sul, está entre 500 e 450 kwanzas com o quilo de milho a custar 350 kwanzas.
A senhora Leonor Chilepa reformada recebe de pensão 40.000 kwanzas 8.000 kwanzas acima do salário mínimo nacional, mas diz que mesmo assim tem uma situação de miséria.
“ Já não é nada até não se consegue comprar um saco de arroz, apenas fuba mais nada nem óleo não se consegue”, disse
Rosária Malanga é comerciante de farinha de milho, está assustada com o preço que se pratica no presente e só tem um desejo.
“ Seria boa coisa se os preços baixassem porque assim também o milho iria baixar”, afirmou
Para o economista Manuel Makuva enquanto Angola se confrontar com problemas de produção para fazer face à demanda e tiver dificuldade de controlar os níveis de infação será difícil controlar os preços do mercado.
“ Enquanto continuarmos no mercantilismo económico criando privilégios a certos empresários politicamente bem posicionados proibindo a entrada de produtos produzidos fora do país continuar na falácia da auto-suficiência naturalmente que continuaremos a ter um país pobre”, afirmou
O economista Altino Silvano olha para o actual cenário macro-económico fortemente condicionado pelo endividamento público para antever mais dificuldades no país.
“ Um endividamento público desvia os recursos que seriam direcionados para aquelas públicas produtivas que são aquelas que criam utilidade, mas também aumenta a capacidade da economia que a construção de uma estrada de uma escola formar o homem construção de uma barragem, nós estamos limitados”, afirmou.
Fórum