Em São Tomé e Príncipe o preço dos produtos de primeira necessidade aumentou em média mais de 30 por cento.
O pão não subiu de preço, mas ficou mais caro porque o tamanho e o peso diminuíram.
O Governo anunciou estar a analisar medidas para desagravar os produtos de primeira necessidade, visando fazer frente ao aumento do custo de vida.
Com o salário mínimo a rondar os 44 dólares, os gritos por socorro surgem de todos os lados.
“A situação está insuportável. O salário praticado no país e o preço dos produtos são muito desproporcionais e o povo não aguenta”, afirma o deputado da coligação dos partidos do poder, Danilson Coutó.
Óleo alimentar, sabão, arroz, farinha de trigo, açúcar, feijão, tudo subiu de preço.
O pão não aumentou, mas também ficou mais caro.
“As padarias não alteraram os preços, mas reduziram o peso e o tamanho do pão”, conclui o deputado da oposição, Abnildo de Oliveira.
Na Ilha do Príncipe o grito de socorro é mais alto porque devido à descontinuidade geográfica os preços são ainda mais elevados.
O Governo garante que não houve agravamento das taxas aduaneiras.
“O problema é a conjuntura internacional. Os preços desses produtos aumentaram no mercado internacional e os nossos operadores económicos não têm outra alternativa”, disse o secretário de Estado do Comercio, Eugénio da Graça, anunciando a criação de uma comissão multidisciplinar para agir num prazo de 15 dias no sentido de baixar algumas taxas aduaneiras para desafogar a população.
Os produtos nacionais como a mandioca, a banana e a matabala também ficaram mais caros.
Os deputados também pedem ao Governo maior controlo dos preços para travar a especulação.