Na África do Sul, várias detenções foram feitas na sequência da violência que abala a cidade de Pretória, desde ontem a noite.
Mais de 23 autocarros de transporte de passageiros de uma empresa subsidiária da companhia estatal dos caminhos de ferro foram totalmente queimados em Mamelodi, maior bairro de maioria negra, nos arredores de Pretória.
Os protestos são relacionados com a indicação pela liderança do ANC de Thoko Didiza para presidente do município de Pretória nas eleições de Agosto próximo.
Um grupo de residentes não quer a senhora, alegando que ela vem da província de Kwazulu-Natal, terra natal do Presidente Jacob Zuma. Prefere a continuidade de Kgosientso ‘Sputla’ Ramokgopa.
Testemunhas que falaram sob anonimato, por temer represálias disseram que a Policia não conseguia chegar ao parque dos autocarros por causa de barricadas nas vias de acesso, num raio de cinco quilómetros.
Moçambicanos não foram atingidos
Alguns membros da comunidade moçambicana viram quase tudo mas têm medo de falar.
Entretanto, o conselheiro-adjunto da comunidade moçambicana em Mamelodi garante que os moçambicanos estão são e salvos.
Abel Zacarias Amós apelou aos seus conterrâneos para se distanciarem de actos de violência, concentrando-se apenas no trabalho para sustentar as suas famílias.
Entretanto, o comércio geral, incluindo, pequenos negócios, está fechado por temer ataques e pilhagem. Esta tarde foram reportados casos de pilhagem de lojas de comerciantes paquistaneses
O governo e o Congresso Nacional Africano condenaram vigorosamente a violência e dizem que os autores devem ser detidos, julgados e condenados.