Cidadãos são-tomenses residentes em Cabo Verde querem ouvir do Presidente Carlos Vila Nova compromissos sérios que permitam melhorar a situação social, política, económica e jurídica do país, bem como uma maior inclusão e bem estar dos que residem no país e nas comunidades emigradas.
No dia em que Vila Nova iniciou uma visita de quatro dias a Cabo Verde, alguns emigrantes são-tomenses ouvidos pela VOA na cidade Praia não querem que seja mais uma visita cheia de promessas, para depois não serem cumpridas, defraudando as expectativas daqueles que desejam um São Tomé e Príncipe mais inclusivo e desenvolvido.
Para José Viana é preciso urgentemente reorganizar o país, por forma a criar condições a todos os níveis para o desenvolvimento e o bem-estar dos são-tomenses no país e nas comunidades emigradas.
“A questão da igualdade do género e de oportunidades são fundamentais... precisamos criar condições para resolver estas e outras situações para devolver a paz necessária que os são-tomenses conheceram em tempos idos", frisou o aquele cidadão radicado há muito tempo na cidade da Praia.
Na opinião de Adilson Neto, já não se justifica nos dias de hoje apenas visitas de cortesia, por isso espera que o Chefe de Estado São-tomense consiga dar impulso a alguns acordos assinados entre os Governos dos dois países para que possam ser efectivamente cumpridos.
“Para nós é importante que se dê imputes sobretudo na educação e tecnologias assinados, pensamos que São Tomé e Príncipe tem a ganhar com algumas experiências de Cabo Verde, mas que as coisas sejam concretizadas na prática, tendo em conta que já não faz sentido visitas apenas de convivência", afirmou Neto.
No encontro realizado nesta segunda-feira, 13, no Palácio da Presidência, o Chefe de Estado de Cabo Verde pediu o reforço do trabalho para que haja maior crescimento sócio-económico e inclusão de todos os cidadãos, enquanto o seu homólogo de São Tomé e Príncipe manifestou total empenho na reforma da justiça, factor que considera fundamental para a credibilização da vida do seu país.
Depois de condecorar Carlos Vila Nova com a Ordem Amílcar Cabral 1º grau, José Maria Neves falou da necessidade de os dois países continuarem firmes na caminhada do desenvolvimento, realçando a importância de se reforçar o trabalho que permita maior crescimento econômico, bem social e inclusão de todos.
“Os Presidentes têm um papel fundamental na inclusão , na união, na busca de parcerias para que os nossos países cresçam e encontrem as melhores respostas para os desafios que temos pela frente”, disse Neves.
À pergunta da VOA sobre o papel que o Chefe de Estado deve desempenhar para permitir melhorias no campo da estabilidade política, económica, rigor na gestão a coisa pública e responsabilização dos que prevaricam, Carlos Vila Nova respondeu com o compromisso e forte engajamento na realização da tão falada e necessária reforma da justiça em São Tomé e Príncipe.
“ Nós temos o dever neste momento enquanto poderes instituídos de acordo com a Constituição de reverter os males.... na esfera das minhas competências tudo farei para se introduzirem as reformas necessárias... informo que convoquei para dia 29 do corrente, um encontro de alto nível no sentido de se analisar temas sobre o processo de reforma da Justiça em curso”, avançou o estadista santomense.
Os dois Presidentes focalizam o seu discurso na necessidade de se aplicar na prática vários acordos já assinados entre os Governos, nomeadamente nos domínios da agricultura, turismo, educação.
Refira-se que no campo da educação, estudantes são-tomenses do ensino profissional e superior têm beneficiado da cooperação entre os dois país.
Durante a sua estada em Cabo Verde, Carlos Vila Nova, que também foi recebido na Assembleia Nacional numa sessão especial do Parlamento e também pelo primeiro-ministro, visitará algumas empresas, manterá um encontro com a comunidade são-tomense e terminará a visita na ilha de São Vicente.
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