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Presidente turco regressa e diz ter retomado o controlo do país


Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, em conferência de imprensa no aeroporto de Istambul.
Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, em conferência de imprensa no aeroporto de Istambul.

Erdogan garante que os culpados pagarão caro.

O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, voltou a Istambul e reafirmou ter o controlo do país, depois de militares terem anunciado um golpe de Estado.

O levantamento dos militares deixou cerca de 40 mortos segundo relatos das autoridades e da imprensa, e muitos feridos.

"Há na Turquia um Governo e um presidente eleito pelo povo e, se Deus quiser, vamos superar este desafio", disse Erdogan ao convocar os "milhões" de turcos a ocupar as ruas para defender a nação.

"Os que vieram nos tanques serão capturados porque estes tanques não lhes pertencem", afirmou o Presidente durante um conferência de imprensa no aeroporto de Istambul.

Erdogan revelou que o hotel onde estava de férias em Marmaris, um balneário do sudoeste da Turquia, foi bombardeado após sua partida.

Tanques ocuparam as ruas e aviões militares e helicópteros sobrevoaram as duas principais cidades do país.

Assim que os militares iniciaram a mobilização, o primeiro-ministro da Turquia, Binali Yildirim, afirmou em rede nacional que o país passava por uma tentativa de golpe militar.

Milhares de pessoas protestaram nas ruas durante a madrugada.

Numa das pontes fechadas por militares, soldados chegaram a fazer disparos na tentativa de conter os manifestantes.

O aeroporto de Ataturk, que foi fechado pelos militares, foi invadido pela população, que recebeu o avião de Erdogan.

Ao chegar a Istambul, cerca de cinco horas após o início do motim, o Presidente afirmou que os responsáveis pela tentativa de golpe militar "pagarão um preço muito alto por traírem a Turquia".

A sede da CNN turca em Istambul, que fez a entrevista por celular com o presidente Erdogan, foi invadida por um grupo de soldados e tirada do ar.

Os telefones dos funcionários foram tomados.

O jornal "Hürriyet", um dos principais em inglês na Turquia, também confirmou que sua sede foi ocupada por militares.

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