O Presidente são-tomense pediu nesta quarta feira, 10, ao primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, maior celeridade na remodelação governamental, anunciada há cerca de dois meses, alegando que “o atraso deste processo põe em causa a confiança do Governo perante os cidadãos e os parceiros internacionais”.
“É um processo que foi anunciado pelo próprio primeiro-ministro e que já está pendente há cerca de dois meses. Convinha que acontecesse o mais depressa possível, porque isto tem deixado muita expectativa, pela confiança que transmite aos cidadãos e aos parceiros internacionais”, disse carlos Vila Nova, à margem da cerimónia da tomada de posse do seu assessor diplomático, o antigo embaixador em Portugal, Luís Viegas.
Entretanto, para o analista política Liberato Moniz, o atraso da remodelação governamental deixa transparecer mais uma crise política.
“É sinal que não há entendimento entre os partidos da governação em relação a substituição dos ministros que o Primeiro-ministro pretende fazer”, aponta Moniz.
O também analista político Celso Junqueira considera que o resultado das últimas eleições presidenciais baralhou a coligação que governa o país.
“Nesta altura há muitos interesses em jogo e com o aproximar das eleições legislativas alguns membros desta interpartidária devem estar a planear o seu futuro e o mais certo é que eles não se entendam quanto a esta remodelação governamental”, afirma Junqueira.
Aqueles analistas receiam mais uma crise política no país, mas não acreditam que se não houver remodelação governamental o Presidente da República venha a demitir o Governo.