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Presidente guineense promete empenho na economia azul, apesar do país "não ser um oásis"


Presidente guineense Umaro Sissoco Embaló no Palácio do Eliseu em Paris, 11 de Novembro 2021. França
Presidente guineense Umaro Sissoco Embaló no Palácio do Eliseu em Paris, 11 de Novembro 2021. França

Umaro Sissoco Embaló discursou na Conferência sobre os Oceanos que iniciou hoje em Lisboa

O Presidente da Guiné-Bissau afirmou na Conferência Sobre os Oceanos, da ONU, que arrancou nesta segunda-feira, 27, em Lisboa que “nenhum desenvolvimento sustentável será concebível, se não fizer parte do seu conceito, o papel crucial dos oceanos”.

Perante vários lideres mundiais, Umaro Sissoco Embaló salientou as potencialidades da Guiné-Bissau, sobretudo nas áreas do turismo e das pescas, ao dizer que “temos melhores potencialidades, quer no domínio das pescas, do turismo”.

Ao reconhecer que o seu país “não é propriamente um oásis”, ele destacou o “aumento do efeito da erosão nas áreas costeiras” e disse que “estamos muito expostos aos riscos e as ameaças que são próprias da nossa geografia.

No entanto, Sissoco Embaló garantiu que “estamos a fazer tudo para construirmos uma economia que seja amiga de saúde dos nossos rios, amiga do atlântico, que é o oceano que banha o meu país”.

A conferência é um apelo à acção pelos oceanos e pretende levar os líderes mundiais e todos os decisores a aumentarem a ambição, a mobilizarem parcerias e aumentarem o investimento em abordagens científicas e inovadoras, bem como a empregar soluções baseadas na natureza para reverter o declínio na saúde dos oceanos”.

Suaré Baldé, consultor internacional, investigador científico do Núcleo de Investigadores da CPLP e membro da Comissão Organizadora desta 2ª Conferência sobre os Oceanos, considera que a Guiné-Bissau pode aproveitar deste evento.

Entretanto, ele defende ser “necessário ter um Ministério do Mar, considerando que mares e oceanos são suportes mais lacto, globalizados, que integra várias outras actividades e não só as pescas”.

Baldé vâ também a oportunidade do país “aproveitar esta conferência para lavar a sua má imagem, através do nível da sua participação”.

A conferência termina na quinta-feira, 1, e nela estão presentes também o Presidente angolano, João Lourenço, e o primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva.

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