O Presidente da Guiné-Bissau afirmou na Conferência Sobre os Oceanos, da ONU, que arrancou nesta segunda-feira, 27, em Lisboa que “nenhum desenvolvimento sustentável será concebível, se não fizer parte do seu conceito, o papel crucial dos oceanos”.
Perante vários lideres mundiais, Umaro Sissoco Embaló salientou as potencialidades da Guiné-Bissau, sobretudo nas áreas do turismo e das pescas, ao dizer que “temos melhores potencialidades, quer no domínio das pescas, do turismo”.
Ao reconhecer que o seu país “não é propriamente um oásis”, ele destacou o “aumento do efeito da erosão nas áreas costeiras” e disse que “estamos muito expostos aos riscos e as ameaças que são próprias da nossa geografia.
No entanto, Sissoco Embaló garantiu que “estamos a fazer tudo para construirmos uma economia que seja amiga de saúde dos nossos rios, amiga do atlântico, que é o oceano que banha o meu país”.
A conferência é um apelo à acção pelos oceanos e pretende levar os líderes mundiais e todos os decisores a aumentarem a ambição, a mobilizarem parcerias e aumentarem o investimento em abordagens científicas e inovadoras, bem como a empregar soluções baseadas na natureza para reverter o declínio na saúde dos oceanos”.
Suaré Baldé, consultor internacional, investigador científico do Núcleo de Investigadores da CPLP e membro da Comissão Organizadora desta 2ª Conferência sobre os Oceanos, considera que a Guiné-Bissau pode aproveitar deste evento.
Entretanto, ele defende ser “necessário ter um Ministério do Mar, considerando que mares e oceanos são suportes mais lacto, globalizados, que integra várias outras actividades e não só as pescas”.
Baldé vâ também a oportunidade do país “aproveitar esta conferência para lavar a sua má imagem, através do nível da sua participação”.
A conferência termina na quinta-feira, 1, e nela estão presentes também o Presidente angolano, João Lourenço, e o primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva.