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Presidente guineense admite convocar eleições antecipadas


José Mário Vaz
José Mário Vaz

José Mário Vaz pede entendimento entre partidos para aprovar programa de Governo e orçamento de Estado

O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, admitiu pela primeira vez convocar eleições antecipadas se os partidos políticos não chegarem a acordo para aprovar o programa do Governo e o Orçamento de Estado.

"Se não conseguirmos chegar a uma solução entre nós, eu, como Presidente da República, devolvo o poder ao seu dono e o dono do poder é o povo, devolvo o poder ao povo da Guiné-Bissau para escolher quem devem escolher", avisou Vaz num encontro mantido nesta segunda-feira, 26, com os líderes muçulmanos para assinalar o fim do Ramadão.

O Chefe de Estado pediu entendimento “sobretudo ao PAIGC, PRS e Grupo dos 15”, e disse que, “se não há entendimento entre eles é impossível o programa do Governo e o Orçamento Geral de Estado serem aprovados".

Vaz lembrou, no entanto, não haver dinheiro para eleições antecipadas, mas advertiu que “o facto de não irmos a eleições por não haver dinheiro tem de acabar” porque “a Guiné-Bissau é um país soberano".

Na sua intervenção, o Presidente reconheceu que os líderes foram eleitos para resolverem o problema do povo, mas reiterou que “se há problemas temos de devolver o poder ao povo para que decida sobre ele, porque não podemos continuar com a situação que temos na nossa terra".

José Mário Vaz alertou para importantes desafios nos próximos 90 dias, particularmente devido à saída, para breve, da força de paz da CEDEAO que se encontra no país.

“Peço unidade em todas as religiões da nossa terra, unidade entre os titulares dos órgãos de soberania, unidade entre líderes de partidos políticos, entre todas as tribos da Guiné-Bissau", concluiu Vaz, no encontro com os líderes muçulmanos.

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