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Presidente do Uganda nomeia o filho para chefe das forças armadas


Filho do Presidente de Uganda nomeado chefe das Forças de Defesa.
Filho do Presidente de Uganda nomeado chefe das Forças de Defesa.

Numa publicação no X, agora apagada, no ano passado, Kainerugaba disse que tencionava candidatar-se à presidência nas eleições de 2026.

O Presidente do Uganda, Yoweri Museveni, nomeou o seu filho, Muhoozi Kainerugaba, para chefiar as forças de defesa do país, informou o governo da nação africana.

O anúncio feito pelo Ministério da Defesa na noite de quinta-feira, 21, seguiu-se a anos de especulação de que Kainerugaba, cujas explosões nas redes sociais provocaram tumultos diplomáticos, estava a ser preparado para o cargo mais alto.

Embora o general de 49 anos tenha negado no passado as alegações de que tencionava suceder ao seu pai - um dos líderes mais antigos de África - ele teve uma rápida ascensão nas fileiras do exército do Uganda.

O filho do Presidente do Uganda, Yoweri Museveni, Major-General Muhoozi Kainerugaba, assiste à cerimónia em que foi promovido a Major-General no quartel-general militar do país, em Kampala, a 25 de maio de 2016
O filho do Presidente do Uganda, Yoweri Museveni, Major-General Muhoozi Kainerugaba, assiste à cerimónia em que foi promovido a Major-General no quartel-general militar do país, em Kampala, a 25 de maio de 2016

Numa publicação no X, agora apagada, no ano passado, Kainerugaba disse que tencionava candidatar-se à presidência nas eleições de 2026.

Também pareceu fazer uma crítica ao seu pai, escrevendo: "Quantos concordam comigo que chegou a nossa hora? Basta de os velhos nos governarem. De nos dominarem. Está na altura de a nossa geração brilhar. Retweet e gosto".

Depois de uma polémica em 2022 devido a uma publicação de Kainerugaba que ameaçava invadir o Quénia, Museveni, de 79 anos, procurou controlar o seu filho dizendo-lhe para não usar as redes sociais quando se trata de assuntos de Estado.

Presidente do Uganda, Yoweri Museveni, em Nairobi, Quénia, a 11 de fevereiro de 2020.
Presidente do Uganda, Yoweri Museveni, em Nairobi, Quénia, a 11 de fevereiro de 2020.

Museveni, que pediu desculpa ao Quénia pela publicação, defendeu, no entanto, o seu filho como um "excelente general" e promoveu-o a esse posto apenas alguns dias após o início da polémica.

O anúncio de quinta-feira fez parte de uma remodelação no seio do Governo, tendo o antigo chefe do exército, general Wilson Mbasu Mbadi, sido nomeado ministro-adjunto do Comércio.

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