O presidente do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social de São Tomé e Príncipe classificou de “deplorável e um grave atentado à liberdade de imprensa” a confiscação do equipamento de trabalho do jornalista Josimar Afonso por seguranças do primeiro-ministro e do Ministro do Turismo e Cultura.
Três dias depois da VOA ter apresentado a denúncia de Afonso, o líder do sindicato da classe, Hélder Bexigas, deixou um apelo às autoridades são-tomenses.
“Nós somos um país democrático e até agora não há qualquer impedimento à liberdade de imprensa e de expressão e gostaria que continuássemos assim”, apelou o presidente do sindicato que também lamentou o facto de ter tomado conhecimento do caso nas redes sociais.
Josimar Afonso explica à VOA a razão pela qual não fez queixa aos organismos de defesa da classe.
“Para mim o mais importante é que a denúncia chegou a todos. Temos informações de muitos casos em que são apresentadas queixas, mas os resultados não são conhecidos”, afirma Afonso sublinhando que tanto o sindicato, como as autoridades governativas e também o Conselho Superior de Imprensa se quiserem reagir e tomar medidas preventivas têm elementos suficientes para o fazer.
Josimar Afonso teve os seus bens confiscados quando, em serviço da rádio privada “Somos Todos Primos”, fazia a cobertura da gala do mês da cultura no passado fim de semana no Arquivo Histórico.
Na altura, ele filmava um grupo de actores de teatro descontentes com o que se passava na gala.