O presidente do MLSTP-PSD, principal partido da oposição em São Tomé e Príncipe, foi acusado de traidor e afastado da liderança.
Aurélio Martins foi um dos deputados do MLSTP-PSD que se juntaram ao ADI, no poder, na aprovação da resolução da Assembleia Nacional que exonerou os três juízes do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) que devolveram a cervejeira Rozena ao empresário angolano Melo Xavier.
A Comissão Permanente do MLSTP-PSD não gostou e reuniu o Conselho Nacional que decidiu pelo afastamento do seu líder.
Aurélio Martins disse à VOA que a decisão do Conselho Nacional é contra os estatutos do seu partido e que só um congresso extraordinário pode afastá-lo da liderança do MLSTP-PSD.
Martins explicou que subscreveu a resolução da Assembleia Nacional que exonerou os juízes em solidariedade a um dirigente do partido vítima da “injusta” decisão do STJ que devolveu a Cervejeira Rozema ao empresário angolano Melo Xavier.
Aurélio Martins lamenta a decisão dos irmãos Monteiro de abandonar o MLSTP-PSD por ser de "uma grande baixa para o partido".
Depois de terem pedido o seu afastamento do partido, os dois deputados do MLSTP-PSD, envolvidos na disputa da Cervejeira Rozema, passaram a independentes na Assembleia Nacional, mediante uma carta dirigida ao presidente do Parlamento.