O presidente da UNITA acusou as autoridades da província angolana do Uíge de tentarem sabotar a sua recente viagem a essa província apesar do líder parlamentar do MPLA ter apelado recentemente a um aumento da tolerância e diálogo.
“O que eu encontrei, onde eu andei, (foram) grupos preparados enviados para lá para se oporem à presença do presidente da UNITA”, denunciou Adalberto Costa Júnior em entrevista à Voz da América.
“Fica muito mal, nós temos que nos habituar à convivência”, acrescentou Costa Júnior, recordando que “o líder parlamentar (do MPLA) fala de diálogo, fala de unidade, ouvimos o senhor Virgílio a falar disso, (mas) na outra semana o presidente da UNITA está a visitar o Uíge e mandaram para lá grupos para contestar, para não o receber”.
O líder do principal partido da oposição afirmou que "pintaram as vilas de bandeira, nós não estamos em campanha, um administrador vai de sitio em sitio proibir as pessoas de participar nos actos, afinal o partido que nos governa tem muito que mudar de comportamento, porque se isto não são as instruções de cima, então quem está em cima saiba que estes são as práticas".
O presidente da UNITA mostrou-se igualmente preocupado com o elevado índice de pobreza, o desemprego e a inexistência de dinâmicas económicas nos municípios visitados em todo país.
A Voz da América contactou o primeiro secretário provincial do partido MPLA no Uíge, José Carvalho da Rocha, e o secretário para Informação e Propaganda do MPLA no Uíge, Virgilio Cordeiro, para uma reacção, mas sem sucesso,
Contactamos também, por mensagem, o secretário nacional para Informação e Propaganda do partido maoritário, Rui Falcão, mas sem resposta.
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