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Presidente da Petrobras renuncia


Pedro Parente cai desgastado com a crise dos camionistas

O Presidente da Petrobras, Pedro Parente, pediu a sua demissão nesta sexta-feira, 1, em carácter "irrevogável e irretratável".

Em carta enviada ao Presidente Michel Temer, com quem se reuniu hoje, Parente diz que a greve dos camionistas e "suas graves consequências para a vida do país" desencadearam um debate "intenso e por vezes emocional" sobre as origens da crise.

Ele considera que a política de preços da Petrobras adoptada durante sua gestão foi colocada sob "questionamento".

Parente afirma que os "resultados obtidos revelam o acerto do conjunto das medidas que adoptamos, que vão muito além da política de preços".

A política de preços de combustíveis da Petrobras foi um dos principais alvos dos camionistas durante a paralisação nos últimos dias.

Parente declarou em mais de uma ocasião que não mexeria nos preços e, diante disso, se viu pressionado e sofreu um grande desgaste no comando da estatal.

"Tenho reflectido muito sobre tudo o que aconteceu. Está claro, sr. presidente, que novas discussões serão necessárias", escreve Parente na carta.

De acordo com comunicado da estatal, enviado ao mercado, a nomeação de um presidente executivo interino será examinada ao longo do dia pelo Conselho de Administração.

Ainda de acordo com o comunicado, a direcção executiva da companhia não sofrerá qualquer alteração.

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