O presidente da Fundação Eduardo dos Santos (FESA), Ismael Diogo, foi libertado na segunda-feira, 1, do Hospital-prisão de São Paulo, em Luanda, e encontra-se agora sujeito à medida de coação de “Termo de Identidade e de Residência”.
Diogo estava sob prisão preventiva, decretada pela Procuradoria Geral da República (PGR) no dia 28 de Setembro, alegadamente, por não ter respondido às notificações daquele órgão.
O porta-voz dos Serviços dos Prisionais, Meneses Cassoma, disse à VOA que ele vai continuar a ser ouvido pelos órgãos de Justiça e não está afastada a possibilidade de vir a ser novamente encarcerado em caso de necessidade.
O presidente da Fundação Eduardo dos Santos esteve a ser ouvido na segunda-feira por operativos da Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP) da PGR, antes de ser solto, indicou a mesma fonte.
Ismael Diogo está indiciado nos crimes de burla por defraudação, corrupção activa e branqueamento de capitais cometidos no Conselho Nacional de Carregadores (CNC), um órgão tutelado pelo Ministério dos Transportes.
Ismael Diogo estava preso na Cadeia de Viana onde está também preso o antigo sócio de José Filomeno dos Santos, José Bastos de Morais.
O processo de investigação em curso naquele órgão já levou à prisão o antigo ministro dos Transportes, Augusto Tomás e vários administradores do CNC.
Tomás foi afastado do seu cargo em Junho sem que na altura fossem dadas razões para o seu afastamento.