O Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, declarou na terça-feira, 3, a lei marcial de emergência, afirmando que a medida era necessária para proteger o país das “forças comunistas”, no meio de uma disputa parlamentar sobre um projeto de lei orçamental.
“Para proteger a Coreia do Sul liberal das ameaças das forças comunistas da Coreia do Norte e eliminar os elementos anti-estatais... Declaro a lei marcial de emergência”, declarou Yoon num discurso transmitido em direto à nação.
“O partido da oposição, sem se preocupar com a subsistência do povo, paralisou a governação apenas por causa de impugnações, investigações especiais e para proteger o seu líder da justiça”, acrescentou.
A surpresa surge numa altura em que o Partido do Poder Popular, de Yoon, e o Partido Democrático, na oposição, continuam a discutir a proposta de orçamento para o próximo ano. Na semana passada, os deputados da oposição aprovaram, numa comissão parlamentar, um plano orçamental significativamente reduzido.
“A nossa Assembleia Nacional tornou-se um refúgio para criminosos, um antro de ditadura legislativa que procura paralisar os sistemas judicial e administrativo e subverter a nossa ordem democrática liberal”, afirmou Yoon.
Acusou os deputados da oposição de cortarem “todos os orçamentos essenciais para as funções essenciais da nação, tais como o combate aos crimes de droga e a manutenção da segurança pública... transformando o país num paraíso de droga e num estado de caos na segurança pública”.
Yoon continuou a classificar a oposição, que detém a maioria no parlamento de 300 membros, como “forças anti-estatais que pretendem derrubar o regime” e considerou a sua decisão “inevitável”.
“Vou restabelecer a normalidade no país, eliminando as forças anti-estatais o mais rapidamente possível”.
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