A presidente brasileira, Dilma Rousseff, admitiu ter cometido erros nos últimos anos e diz que vai superá-los.
A mensagem foi publicada nas redes sociais do Governo na segunda-feira, 7 de Setembro, o dia da independência do Brasil.
Ela também pediu a união de todos para atravessar esse período de dificuldades.
“Se cometemos erros e isso é possível, vamos superá-los e seguir em frente. Alguns remédios para essa situação é verdade são amargos e indispensáveis. Devemos nessa hora estar acima das diferenças menores colocando em segundo plano os interesses individuais ou partidários”, disse.
Conforme a presidente, os problemas enfrentados pelo país também estão relacionados à crise internacional.
"Ninguém que seja honesto pode negar isto. Está visível que a situação em muitas partes do mundo voltou a se agravar, atingindo agora os países emergentes. Países importantes, parceiros do Brasil, tiveram seu crescimento reduzido e foram atingidos pela crise internacional", afirmou.
Mais uma vez, Dilma defendeu a democracia no país. "É neste dia que reafirmamos aquilo que uma nação ou povo tem de melhor: a capacidade de lutar e a capacidade de conviver com a diversidade. Tolerante em face às diferenças, respeitoso na defesa das ideias, sobretudo firme na defesa da maior conquista alcançada e pela qual devemos zelar permanentemente: a democracia e a adoção do voto popular, como método único e legítimo de eleger nossos governantes e representantes", ressaltou.
A presidente também mencionou "tragédias de natureza humanitária", se referindo à imigração de refugiados sírios em massa para a Europa.
E reforçou que o Brasil está de "braços abertos" para recebê-los.
"Mesmo em momentos de dificuldade, de crise, como o que estamos passando, teremos os nossos braços abertos para acolher os refugiados", concluiu.
No dia de mais um anivesário da independência brasileira, em várias partes do país, a Presidente foi alvo de manifestos contrários e a favor.
Para o Arcebispo Episcopal de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, Dom Luís Fechel, o Brasil ainda precisa garantir independência aos grupos sociais que permanecem à margem da sociedade.
“Quem tem um pouco mais de consciência, de visão da realidade do nosso Brasil tem que questionar que tipo de independência a gente comemora. Temos diante de nossos olhos uma situação de tanta desolação quando a gente vê crianças, jovens, idosos e enfermos de qualquer jeito. Vivendo uma vida indigna e que não é pela sua opção”, concluiu.