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Presidenciais americanas “vão ser decididas nos debates”


A testar o istema de votos em Nova Yorque
A testar o istema de votos em Nova Yorque

A pouco mais de oito semanas das eleições americanas o candidato Democrata, Joe Biden, continua a comandar as sondagens.

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O cômputo geral das sondagens indica uma vantagem de 7,1% de Biden sobre Donald Trump, enquanto nos estados considerados vitais para a vitória no Colégio Eleitoral essa vantagem é de 3,2% na média de todos esses estados. A margem de erro é de 3%, pelo que a vantagem de Biden nesses estados é ainda considerada como nada podendo garantir.

Na semana passada Biden foi ao estado de Wisconsin - um desses estados vitais – que tem sido afectado pela violência de manifestantes.

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A campanha de Trump tem estado a fazer da chamada “lei e ordem” o principal tema da campanha acusando o candidato Democrata de não condenar esses actos ou de fazê-lo em termos muito fracos.

Em Wisconsin, a média de vantagem de Biden é de 5% mas Kimberley Strassel do Wall Street Journal disse que a ida de Biden a esse estado reflecte receios de que o tema possa afectar a sua campanha.

“Quando se muda de estratégia isso significa que se está preocupado", disse Strassel para quem, “apesar de Joe Biden afirmar que o presidente não está a ganhar vantagem na questão da lei e ordem, o facto de ele estar lá fora a combater isso demonstra que os Democratas estão preocupados”.

“As pessoas estão a ver a televisão e não se pode continuar a negar que isto está a tornar-se num problema enorme em cidades e comunidades suburbanas”, acrescentou Strassel que falava à cadeia de televisão Fox.

Van Jones, um comentarista que apoia o partido Democrata concordou afirmando à cadeia de televisão CNN que “por quanto mais tempo falarmos de violência e distúrbios ou sobre o modo como Biden está a lidar com isso ou a não lidar com isso é tudo vantagem para Trump”.

“A campanha vai bem para Donald Trump porque não estamos a falar da devastação na economia que as pessoas atravessam ou da pandemia “, disse Van Jones para quem “chegou a altura de reconhecer que estamos numa situação muito perigosa se quisermos ver uma mudança em Novembro”.

O analista ligado ao partido Democrata disse que este tem que lidar “com a violência nas margens do nosso movimento”, propondo em seguida uma “moratória” nas manifestações noturnas que têm abalado diversas cidades americanas e que têm resultado, em alguns casos em violência, destruição e mesmo morte.

Para este analista é necessário mudar a enfâse das discussões para “os milhões de pessoas que estão a sofrer por causa da economia seguida por Trump e má gestão da epidemia”.

O comentarista Jonatham Gildberg da publicação Dispatch disse no entanto que não é de prever qualquer mudança drástica nas indicações de voto até ao final de Setembro quando se der o primeiro de três debates entre Trump e Biden.

“Isto tem sido uma das campanhas mais estáveis de memória recente”, disse Goldberg sublinhando que “a liderança de Joe Biden tem sido extraordinariamente estável e a base de apoio a Donald Trump tem sido extraordinariamente estável”.

“Eu penso que agora a única coisa que podemos ver como capaz de realmente abalar as sondagens em quantias significativas são os debates já que as convenções nada fizeram para isso”, acrescentou.

Para já estão previstos três debates entre Trump e Biden o primeiro a 29 de Setembro, o segundo a 15 de Outubro e terceiro sete dias depois a 22 de Outubro. As eleições são a 3 de Novembro.


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