Uma praga invasora está a dizimar culturas de milho nos principais centros de produção deste cereal em Moçambique, podendo colocar em causa a segurança alimentar da população rural.
A lagarta do funil do milho está a afectar as províncias de Tete, Zambézia, Manica e sofala, no centro de Moçambique; Niassa, norte; e Maputo, Gaza e Inhambane, no sul, onde vários milhares de hectares de milho se encontram afectados.
Inhambane é das províncias mais infestadas por esta praga, com mais de 27 mil hectares de milho afectados, sendo visíveis severos danos, sobretudo ao nível do sector produtivo familiar.
O milho constitui a fonte básica de alimentação para a maioria da população rural e suburbana em Moçambique.
"Esta praga é muito dizimadora", afirmou Francisco Feijão, da direcção provincial de Agricultura e Segurança Alimentar em Inhambane.
Na província de Maputo, a lagarta invasora afecta mais de 500 pequenos produtores.
Nas outras províncias afectadas, registam-se também níveis de infestação e de densidade bastante elevados, como é o caso, por exemplo, de Manica, onde o combate à praga incluiu o fornecimento de pesticidas aos produtores.
Neste momento, o ministro moçambicano da Agricultura e Segurança Alimentar, Higino Marrule, encontra-se em Inhambane, para avaliar o impacto desta praga.
No país, mais de 80 por cento da população de 29 milhões de habitantes dedicam-se à actividade agrária, e desta população, mais de 90 por cento constitui o sector familiar.