Agricultores moçambicanos enfrentam a praga da lagarta de funil do milho, com potencial de afectar a já débil segurança alimentar.
As autoridades moçambicanas da agricultura dizem que, desde a sua identificação, a praga destruiu, pelo menos e 49 mil toneladas de milho.
O representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Olman Serrano, diz que foi iniciado apoio ao país para lidar com a situação provocada pela lagarta que está em toda África e “é capaz de fazer 100 quilómetros num dia”.
O apoio inclui a educação para se evitar o uso de pesticidas químicos, que são um dano para a planta e para a biodiversidade.
“Estamos a tentar procurar pesticidas botânicos para minimizar o impacto da praga, e criar pesticidas baseados na natureza e identificar inimigos naturais da praga e como atrair esses inimigos para eliminar a praga,” diz Serrano.
Nestas intervenções, a FAO recorre ao seu mecanismo Escolas na Machamba do Camponês.
Insegurança alimentar
Tal como as autoridades, Serrano reconhece que a praga poderá contribuir para a insegurança alimentar nalguns locais, uma vez que afecta os pequenos agricultores, “mas ainda não há informação precisa”.
“A praga da lagarta não vai provocar uma fome geral ou emergência, mas é um problema sério,” diz.
Nesta entrevista, Serrano diz também que a praga terá um certo impacto no aspecto nutricional no país, mas recorda que antes da sua identificação, “a malnutrição era já um problema, na ordem de 43 por cento nas crianças”, por exemplo.
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