O Presidente são-tomense rejeitou o nome de Hélio Vaz de Almeida, proposto pelo partido Ação Democrática Independente (ADI) para chefiar o próximo Executivo na sequência da exoneração do Governo constitucional liderado por Patrice Trovoada.
O partido com maioria absoluta na Assembleia Nacional já anunciou mais três nomes para o cargo de primeiro-ministro.
“Após consultas efetuadas e no quadro das minhas competências o candidato proposto pelo partido ADI não colhe a minha sensibilidade”, avançou o chefe de Estado numa mensagem à nação nesta quinte-feira, 9, na qual também solcitou ao mesmo partido a indicação de outros nomes ainda hoje.
Carlos Vila Nova não explicou as razões pelas quais o nome de Hélio de Almeida não foi aceite, mas reafirmou os motivos que o levaram a demitir o Governo, entre eles “a deslealdade institucional, falta de respeito ao Chefe de Estado e prolongados períodos de ausência do território nacional” por parte do primeiro-ministro.
"Foram 204 dias de ausência em 366 dias possíveis ao longo do ano o que corresponde a mais de seis meses”, destacou o Presidente da República, que sublinhou que a "decisão não é movida por qualquer compromisso com qualquer pessoa os grupos”.
Ainda na sua mensagem, Vila Nova apontou, durante a gestão de Trovoada, "celebração de acordos internacionais sem o conhecimento prévio do Presidente da República, como nos casos da Turquia e da Venezuela, associação do nome do Presidente da República à concessão do porto; não compartilhar contratos assinados com empresas, como ENAPORT, EMAE e ENASA, mesmo quando solicitados por escrito, contornar em segredo a não promulgação do decreto sobre as taxas aeroportuárias por meio de uma resolução e não entrega do projeto para o liceu de Angolares, apesar do financiamento garantido há dois anos".
Poucas horas depois do chumbo do nome de Vaz, antigo governador do Banco Central de São Tomé e Príncipe e antigo ministro das Finanças, a ADI enviou ao Presidente mais três nomes: Celmira Sacramento, presidente do Parlamento, Ilza Amado Vaz, ministra da Justiça, Administração Pública e dos Direitos Humanos, e Ângela Costa, ministra da Saúde e dos Direitos da Mulher.
Carlos Vila Nova demitiu Patrice Trovoada e seu Governo na segunda-feira, 6.
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