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PR guineense e "Flotilha da Liberdade" com posições contárias sobre barcos alegadamente com bandeira do país africano


Presidente da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embalo, em conferência de imprensa em Pretória, África do Sul, 28 Abril 2022
Presidente da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embalo, em conferência de imprensa em Pretória, África do Sul, 28 Abril 2022

Umaro Sissoco Embaló diz ser "fake news" que a Guiné-Bissau tenha retirado bandeira de dois navios com ajuda para Gaza

O Presidente da Guiné-Bissau classifica de "fake news" (notícias falsas) as afirmações da coligação que organiza a coligação Flotilha da Liberdade”, que visa levar ajuda humanitária de não poder realizar o seu objetivo pelo facto de o Governo de Bissau ter negado a dois navios de usarem a bandeira do país.

A “Flotilha da Liberdade” está bloqueada na Turquia depois de ter sido negado o uso de dois dos seus navios, o que os organizadores atribuem à pressão israelita sobre as autoridades guineenses.

Em declarações a jornalistas na segunda-feira, 29, ao visitar um novo depósito de medicamentos em Bissau, o Presidente guineense disse que "isso não corresponde à verdade, isso é `fake news`, a Guiné-Bissau nunca teve navios".

Questionado por jornalistas se, como disse a organização da Flotilha da Liberdade, as autoridades da Guiné-Bissau foram pressionadas por Israel, Sissoco Embaló respondeu não "falar geralmente com o primeiro-ministro de Israel, mas sim com o Presidente de Israel", que é um amigo "que conheci já há muitos anos".

"É com quem tenho falado, mas sobre a guerra na Faixa de Gaza", acrescentou o Presidente, quem reiterou não ter abordado com Isaac Herzog "sobre embandeiramento dos navios", um assunto que "não é o presidente da República que trata".

Acusações contra a Guiné-Bissau

Entretanto no sábado, 27, a coligação de organizações não governamentais afirmou num comunicado que não conseguiu deixar Istambul, na Turquia, com destino a Gaza, depois de a Guiné-Bissau ter retirado bandeira dos seus navios.

“Infelizmente, a Guiné-Bissau permitiu-se tornar-se cúmplice na fome deliberada de Israel, no cerco ilegal e no genocídio dos palestinianos em Gaza”, afirmou a organizações, acrescentando que “o Registo Internacional de Navios da Guiné-Bissau (GBISR), num movimento flagrantemente político, informou a Coligação da Flotilha da Liberdade que tinha retirado a bandeira da Guiné-Bissau de dois dos navios da Flotilha da Liberdade, um dos quais é o nosso cargueiro, já carregado com mais de 5.000 toneladas de ajuda para salvar vidas”.

O grupo acrescentou que as autoridades da Guiné-Bissau fizeram vários pedidos “extraordinários” de informações, incluindo destinos, potenciais escalas portuárias adicionais, manifesto de carga e datas e horários estimados de chegada.

Esses pedidos foram considerados estranhos porque, continuou o comunicado, "normalmente, as autoridades nacionais de pavilhão preocupam-se apenas com a segurança e as normas relacionadas nos navios que arvoram a sua bandeira”.

O jornal israelita The Times of Israel ilustra a notícia com a foto de um navio em que se pode ler Akedeniz, Bissau e o número de registo 7615048.

A Voz da América tem tentado falar com autoridadades marítimas guineenses mas até agora sem sucesso.

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