A CASA-CE acusa o Presidente angolano de ter “mais uma vez enganado” o povo com o novo Governo, que é a “continuação do aparelho do Estado do mesmo partido, com as com as mesmas pessoas, as mesmas práticas e com os mesmos vícios que, ao longo de décadas, levaram à delapidação do país, como consequência da corrupção e de outros atos ilícitos".
"No actual contexto em que o país se encontra, de profunda crise económica e financeira, as decisões para a composição do poder executivo não deviam ser circunscritas à natureza político-partidária dos seus componentes, pois este critério não valoriza as mais valias intelectuais, necessárias para a recuperação económica", lê-se num comunicado divulgado nesta sexta-feira, 29, pela CASA-CE, reiterando que as nomeações agora conhecidas "vieram confirmar" os "alertas" da coligação.
"O autoritarismo e a má governação perpetrados pelo partido no poder há décadas retrocedeu o país, levando os angolanos a uma condição de indigência, coabitando com a pobreza extrema e a miséria", continua o documento no qual a CASA-CE critica ainda a nomeação de administradores estrangeiros para a Sonangol.
"Num contexto em que os angolanos com formação superior no sector petrolífero estão desempregados, não é admissível que a Sonangol, empresa pública do Estado angolano, adopte a estratégia de contratação de expatriados para posições de destaque", conclui o comunicado da CASA-CE.