A provável entrada do antigo presidente de Câmara de Nova Iorque Michael Bloomberg na corrida à Casa Branca em Novembro agitou a política americana neste domingo.
Os presidenciáveis democratas comentaram a possível candidatura independente do multimilionário.
A revelação de Bloomberg neste fim de semana de que está a preparar o terreno para uma candidatura no caso de a principal candidata do partido Democrata, Hillary Clinton, começar a perder força, chocou o mundo político democrata.
Bernie Sanders, um socialista democrata e senador por Vermont, que ameaça Hillary em Iowa e New Hampshire, disse ao programa "This Week", da rede ABC, que a entrada de Bloomberg iria adicionar um segundo bilionário à eleição, além de Trump.
"Do meu ponto de vista, não é assim que a democracia americana deveria ser, uma disputa entre bilionários", disse Sanders.
Muitos analistas acreditam que a chegada de Bloomberg poderia desviar votos democratas e ser mais um golpe para Hillary Clinton, ex-secretária de Estado e esposa do ex-presidente Bill Clinton.
Entretanto, uma candidatura independente seria um grande desafio para Michael Bloomberg.
O último grande candidato independente, Ross Perot, ganhou 18,9 por cento dos votos em 1992, o que alguns observadores acreditam ter ajudado Bill Clinton a derrotar o então presidente George H. W. Bush.
Hillary Clinton, que ganhou o endosso do jornal Register do lado democrata no sábado, disse que esperava derrotar a premissa de Bloomberg para concorrer.
"Ele é um bom amigo e eu vou fazer o melhor que posso para conseguir a nomeação, e seguiremos a partir daí", disse ela ao programa "Meet the Press", da NBC.
"Eu entendo que ele disse que, se eu não receber a indicação democrata, ele faria isso... Eu vou livrá-lo disso", acrescentou Hillary Clinton.
Por agora, não há reacções dos pre-candidatos republicanos.