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Moçambique: População captura indivíduos que mataram 12 pessoas em Nangade


Acusados de ataques em Cabo Delgado, Moçambique
Acusados de ataques em Cabo Delgado, Moçambique

Este mês foram mortas, pelo menos, 20 pessoas em três ataques, em Cabo Delgado.

A população de Squaia, em Cabo Delgado, entregou à polícia sete jovens alegadamente envolvidos num recente ataque que matou 12 pessoas naquela aldeia do distrito de Nangade.

O jornal online Carta de Moçambique escreve “Squaia sofreu um violento ataque de alegados ´extremistas islâmicos´, na passada quinta-feira à noite”, no qual “dezenas de jovens armados maioritariamente com facas e catanas irromperam aldeia dentro depois das 22 horas”.

Pelo menos 40 casas foram incendiadas pelo grupo.

O jornal reporta que o ataque “apanhou desprevenidos os residentes e as unidades do exército que patrulham lugares vulneráveis em Palma, Meluco, Macomia e Nangade” e na sequência a população decidiu perseguir os suspeitos e capturou os sete indivíduos

Após o ataque de quinta-feira, a AFP reportou que muitos residentes da zona fugiram para a vizinha Tanzânia.

Uma fonte policial disse à AFP que Nangade fica distante da costa, onde as autoridades concentraram as acções contra os atacantes que atormentam a província nortenha desde outubro de 2017.

Este foi o terceiro ataque este mês e o número de vitimas mortais atinge 20.

O ataque ocorre quando está em curso em Pemba, a capital de Cabo Delgado, o julgamento de cerca de 200 suspeitos atacantes a vários distritos da provincia rica em recursos minerais, com realce para o gás natural.

Os atacantes são localmente conhecidos como Al Shabab.

Não há, no entanto, nenhuma ligação conhecida com o grupo insurgente somali com o mesmo nome ou com extremistas como Boko Haram, que opera na Nigéria.

Estudos sugerem que os atacantes são motivados pela necessidade de impor uma corrente radical do islamismo. Outros apontam a disputa de recursos na região.

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