As próximas eleições presidenciais americanas poderão ser decididas em apenas três Estados, afirmam responsáveis das campanhas de Donald Trump e Kamala Harris.
Na verdade, há muito que todos concordam que Arizona, Nevada, Wisconsin, Michigan, Pensilvânia, Carolina do Norte e Geórgia, conhecidos como “estados oscilantes” (swing states em inglês) jogarão um papel decisivo nessas eleições mas os analistas das duas campanhas afirmam que caso não haja modificações noutros estados em relação ao que se passou na votação de 2020 então Pensilvânia e Geórgia e mais um desses sete estados poderão ser na verdade quem decidirá as eleições.
Como funcionam as presidenciais americanas
Quando os eleitores americanos forem à urnas no próximo mês de novembro para fazer a sua escolha sobre quem será o proximo Presidente dos Estados Unidos estarão na verdade a eleger 538 delegados para o colégio eleitoral, que é quem formalmente elege o Presidente numa reunião em Janeiro do próximo ano.
Importa aqui explicar que os 538 delegados são eleitos proporcionalmente de acordo com a população de cada estado e para isso faz-se recurso ao número de representantes que cada estado tem na Câmara dos Representantes, mais dois senadores. Assim a Califórnia tem 54 votos (maior número de todos) o Alaska apenas três.
Um candidato precisa de garantir 270 delegados para se sagrar vencedor. Na prática isto leva a que os candidatos concentrem o principal esforço e financiamento da sua campanha em estados em que não há de partida uma certeza de quem vai ganhar.
Por exemplo: É uma certeza quase que absoluta que Kamala Harris vai ganhar os 54 delegados da Califórnia. É uma certeza quase que absoluta que Donald Trump irá vencer os 40 votos do Texas.
Os estrategas das campanhas começam assim a fazer contas estado a estado para decidir onde concentrar a campanha, e é aí que surgem os chamados “estados oscilantes”, decisivos para uma vitória na campanha mas que podem oscilar para um ou outro candidato.
São sete estados e neste momento não podiam estar mais renhidos. Mesmo com os avanços de Harris nas últimas semanas, as sondagens indicam que Harris comanda em três estados com um vantagem máxima em Wisconsin de 1,4%.
Trump comanda em três outros estados com uma vantagem máxima no estado da Carolina do Norte de 0,6 %., portanto tudo dentro da margem de erro que é entre três e quatro por cento. Há um estado que as sondagens indicam estar empatado que é a Pensilvânia.
É no estudo da soma de votos desses como dissemos que as campanhas tentam fazer a soma para chegar aos 270 votos no Colégio Eleitoral.
Com base no resultado das eleições de 2020 a campanha de Trump pensa que que este pode vencer se ganhar na Geórgia, Pensilvânia e Carolina do Norte. Ao abrigo desse cenário Trump pode perder mesmo os outros quatro “estados oscilantes” e ser eleito.
Uma posição quase idêntica existe, segundo os peritos eleitorais, para Kamala Harris. Tendo em conta o que se passou em 2020, se ela ganhar os 16 votos eleitorais da Geórgia e os 19 votos eleitorais da Pensilvânia e mais um dos “estados oscilantes” para ser eleita.
O que há de comum nas avaliações destas duas campanha? Geórgia e Pensilvânia. e dai que as campanhas de Trump e Harris e organizações aliadas tenham gasto até agora 85,7 milhões de dólares na Pensilvânia isto apenas desde o passado dia 22 de julho.
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