Diferentes comités do Senado americano iniciam nesta terça-feira, 14, as audiências públicas em que os escolhidos para diversos postos da Administração Trump são submetidos a um intenso interrogatório antes das suas nomeações serem aprovadas ou não.
Se é verdade que a maioria dos nomeados não deverá encontrar grande oposição e a maior parte das audiências serâo meras formalidades, outras há que deverão causar alguma controvérsia, sendo de esperar perguntas ásperas por parte dos senadores democratas que integram os respetivos comités.
Nesta semana 14 nomeados vão estar nas audiências e hoje uma das mais acoloradas vai dar-se no Comité das Forças Armadas quando ouvir Pete Hegseth, indicado para secretário de Defesa.
O escolhido de Donald Trump tem sido alvo de alegações de comportamentos sob efeito de álcool em várias ocasiões, assédio sexual e falta de discernimento em decisões financeiras nas organizações a que pertenceu.
Há notícas de que a policia federal, o FBI, teria levantado junto de senadores alguns problemas detetados nas investigações que fez a Hegseth, como faz em relação a todos os candidatos a postos governamentais de alto nível.
A senadora democrata Elizabeth Warren, que faz parte desse comité, escreveu uma carta a Hegseth em que afirma que o seu comportamento e retórica do passado indicam ser incapaz de lidar efetivamente a pasta da Defesa e enviou -he uma lista de 70 perguntas.
Outras nomeações controversas são a de Robert F. Kennedy Jr. para o Departamento de Saúde, Pam Bondi, para procurador-geral, Kristi Noem, para a Segurança Interna, Tulsi Gabbard, para diretora nacional de inteligência e John Ratcliff, para director da CIA.
Um das grandes interrogações é se poderá haver senadores epublicanos que votem contra algumas dessas nomeações de Donald Trump colocando assim a sua confirmação.
Apesar das controvérsias que possam ou não existir, o senador republicano Roger Marshall mostra-se otimista de que todos os republicanos votarão a favor das nomeações.
“Eu não gosto de contar os pintos antes dos ovos chocarem, mas estou convencido que temos os votos”, disse à cadeia de televisão Fox.
“Têm que passar pelos processos, vão ser agredidos pelos meios de informação e pela esquerda, mas penso que temos os votos”, acrescenta Marshall que diz ter entrevistado todos os nomeados que “ ão grandes comunicadores, são grandes lideres e têm muitos sucessos”.
“Alguns deles têm opiniões invulgares ,mas penso que temos os votos (para os aprovar)”, conclui
Um dos aspetos mais importantes nas perguntas dirigidas aos candidatos sobre o seu passado e as suas declarações é o facto de que estas audiências são também uma janela a futuras políticas do novo Governo de Donald Trump.
Rick Klein, correspondente para temas politicos na cadeia de teleivsão ABC disse que, com estas audiências, “nos próximos dias vamos ver o que se consegue saber sobre o que Trump quer fazer, o que as suas pessoas querem fazer e que equipas vão ter à sua volta”.
Klein fez notar que no passado em muitas destas audiências houve sempre “surpresas, mas há sempre algo ou alguém que aparece com algo que não antecipávamos”, concluiu.
A salientar que nos últimos 36 anos, o Senado apenas se recusou a nomear um candidato, John Tower, indicado para secretário de Defesa pelo Presidente George Herbert Bush.
O Presidente eleito Donald Trump disse que a grande maioria dos seus indicados seja confirmada quando tomar posse no dia 20.
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