A primeira semana da Presidência de Donald Trump foi marcada por muita agitação com o novo inquilino da Casa Branca a fazer cumprir as suas promessas eleitorais.
As suas primeiras medidas dirigiram-se a departamentos do Governo, com a suspensão de destacados funcionários a diversos níveis desde o Departamento de Estado ao Conselho Nacional de Segurança e Departamento de Justiça. suspensão temporária da ajuda internacional, apreensão e deportação de imigrantes ilegais, despedimento de inspetores gerais, alteração de estatutos de funcionários federais a níveis de chefias e mesmo uma tentativa de negar o direito à cidadania de pessoas nascidas nos Estados Unidos, filhas de residentes não permanentes ou ilegais, que, entretanto, foi suspensa por um juiz que a considerou ser "descaradamente inconstitucional".
A Casa Branca vai apelar contra esta decisão.
Decretos presidenciais foram também aprovados com o objetivo de modificar o sistema de trabalho de departamentos do Governo e mesmo das Forças Armadas de um modo maior e mais radical do que no primeiro mandato de Trump.
Relações com o Congresso
No sistema político americano os congressitas atuam de modo independente da Presidência, sendo, por isso normal, haver diferenças entre congressistas e presidentes do mesmo partido
Contudo, os republicanos no Congresso têm até agora evitado criticar o Presidente,embora um primeiro sinal de descontentamento tenha sido visto com o novo secretário de defesa, Pete Hegseth, que não conseguiu ter o apoio de todos os republicanos no Senado.
Ele conseguiu apenas 50 dos 53 senadores republicanos, de um total de 100, o que levou o vice-presidente JD Vance a usar o seu voto para desempatar a votação.
Novo descontentamento poderá ser visivel nesta semana em nomeações controversas do Presidente, nomeadamente para as pastas da Saude e Direção Nacional dos Serviços de Inteligência.
Sabe-se o as amnistias dadas por Trump aos invasores do edifício do Congresso a 6 de janeiro de 2021, particularmente aqueles que agrediram polícias nesse ataque, causaram mal estar entre congressistas republicanos que acordaram em dizer aos jornalistas repeti damente tratar-se de uma decisão do Presidente e que eles nao querem “olhar para o passado mas sim para o futuro”.
Mas se até agora essa agitação tem sido visível através de decretos presidenciais.
Em breve, o Governo terá de fazer aprovar um novo orçamento.
Com o Presidente a dizer ser necessário cortes orçamentais ao mesmo tempo que advoga cortes nos impostos advinha-se um debate muito acérrimo entre os congressistas do próprio Partido Republicano, com muitos deles a defenderem cortes drásticos nas despesas do Govereno federal.
Há que ter em conta também o debate em torno do “teto da dívida”, um tema que obriga o Cognresso a autorizar um aumento do limite da divida americana.
Muitos conservadores não querem que isso aconteça, mas Trump pretende abolir para sempre esse teto, pelo que se advinha um intenso debate no partido maioritário.
Leigh Caldwell, analista politica do portal Puck, recordou à cadeia de televisão NBC que Trump “tem uma maioria muito pequena no Congesso e var sificil a nível do congresso fazer aprovar a sua agenda...devido muitas vezes à divisão dentro da representação republicana”.
Ele concluiu que “no que diz respeto à primeira semana os republicanos não só na equipa de Trump mas também no Congresso dizem que “promesas feitas, promessas cumpridas” e estão muito entusiamados como o modo como decorreu a primeira semana”.
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